sexta-feira

CAPELA N. Sr.ª CONCEIÇÃO.


Construida sobre a muralha seiscentista, junto à Porta da Esquina, é uma obra do sec. XVII, reconstruida posteriormente. A capela tem acesso por uma escada de mármore com silhares e guarnição de azulejos polícromos do sec. XVIII.
O templo, de reduzidas dimensões, tem a forma semi esférica, e à direita um corpo apainelado com torre sineira de dois olhais decorada com escudo, coroa e as iniciais N.S.D.C.. Na fachada do corpo anexo encontramos, em azulejos, as armas reais e a data de 1867. O interior tem cobertura azulejar do tipo avulso, de florões e com as armas portuguesas. A capela é fechado por portão de ferro forjado e o seu interior foi remodelado na 1º metade do sec. XX.
Lugar de romaria a 8 de Dezembro, festa da Imaculada Conceição, esta capela tem confraria própria, responsável pela sua manutenção. Nas proximidades existe um miradouro, local ideal para observar o Aqueduto da Amoreira desde a cidade e de uma perspectiva superior.

quarta-feira

IGREJA DE SÃO DOMINGOS.


O Convento de São Domingos de Elvas foi fundado em 1267, por ordem de D. Afonso III, no local onde havia estado implantada até então a Ermida de Nossa Senhora dos Mártires. Edificado depois da segunda, e definitiva, reconquista da povoação fronteiriça alentejana, a acção régia de constituir uma comunidade dominicana prendia-se com uma vontade de alicerçar a fé cristã numa urbe que até então tinha sido regida por costumes e tradições muçulmanas. Depois da edificação do espaço conventual, a comunidade dominicana fundou no edifício uma albergaria e um hospício.

Do templo gótico mendicante pouco resta, datando do século XV as primeiras modificações da estrutura, com a construção da antiga ante-sacristia. A grande reforma estrutural do convento data do reinado de D. João III, que em 1553 ordenou profundas reformas no edifício, nomeadamente a demolição da fachada, embora esta só fosse terminada já no século XVII. Em meados de Seiscentos o hospício do convento foi deitado por terra, para que pudessem ser construídas as muralhas de defesa da vila. O programa decorativo do espaço interior foi alterado pela campanha barroca executada no século XVIII, nomeadamente com a edificação de novos altares, a decoração das paredes laterais do templo com silhares de azulejos ou a execução de novos capitéis para os pilares que marcam os tramos das naves.



De planta longitudinal, a Igreja de São Domingos é composta por três naves, transepto, capela-mor, ábside poligonal e quatro absidíolos, aos quais foram adossados a torre sineira, a sacristia e outras dependências. A fachada apresenta um modelo ecléctico, uma vez que possui uma estrutura claramente maneirista, que apresenta semelhanças com os colégios jesuítas edificados na segunda metade do século XVI, decorada com um programa já de gosto barroco, decorrente do facto de a fábrica de obras do frontispício se ter prolongado até meados da centúria de Seiscentos.

Do programa decorativo interior, destacam-se os retábulos barrocos de mármore, colocados lateralmente, os painéis de azulejos setecentistas com quadros da vida de São Domingos, e as pinturas renascentistas de motivos vegetalistas que decoram a cobertura da ábside. Há ainda a referir o antigo retábulo da capela-mor, uma composição maneirista da autoria de Simão Rodrigues, de "evidentes influências moralescas", executada cerca de 1595, que actualmente se encontram algumas peças na Igreja de S. Francisco no Cemitério local.

FONTE DE SÃO LOURENÇO.


A fonte de São Lourenço foi mandada construir na segunda metade do séc. XVIII pelo desembargador Bernardo Xavier de Barbosa Sachetti ao engenheiro militar francês Valleré que na altura trabalhava nas obras do Forte de N. Sra. da Graça, no local onde já existia uma outra Fonte de São Lourenço, esta seiscentista (1626) e que foi deslocada para a Quinta de Sto. António nos arredores da cidade.
O seu projecto de construção era grandioso e caro tal como queria Sachetti, e Valleré influenciado pela "art classique" francesa ali começa a construir uma fonte sobre a qual se deveriam colocar três estátuas de figuras femininas da mitologia greco-romana, cujo valor ascenderia a 2:000$000 reis. Mas tal facto não veio a acontecer. O projecto suscitou polémica e um grave desentendimento entre Valleré e Sachetti o que levou a que a fonte nunca fosse terminada. As estátuas que serviriam a fonte quedaram-se na referida Quinta de Sto. António.
A fonte de São Lourenço é constituída por três chafarizes que fazem a água correr para um tanque rectangular, tudo encimado por quatro colunas entrecortadas por paralelepípedos que no seu cimo 4 estátuas. Ao centro um pedestal circular que serviria para levar a quinta estátua está neste momento ocupado por uma espécie de vaso.

CONVENTO DE SÃO FRANCISCO.


Em 1518 dá-se a primeira fundação, com a construção do primeiro convento num vale, próximo das muralhas de Elvas, graças a uma doação de terrenos feita por Genebra da Rosa e por Manoel Paçanha, fidalgo de Elvas devido à insalubridade do local a congregação passa em 1591 para o cimo da colina, junto ao Aqueduto da Amoreira. D. Fernando da Silva e sua esposa D. Beatriz de Brito, doadores de maior parte dos terrenos da edificação, são os padroeiros deste segundo edifício.

Devido à sua posição no alto da colina este trensforma-se em fortim das tropas espanholas em 1658 / 1659 aquando do cerco que viria a terminar com a Batalha das Linhas de Elvas. Para em 1691 ser recuperado e de novo acolher os Franciscanos. Contudo com as invasões francesas, volta a ficar bastante danificado pela artilharia da praça. Finalmente a 9 de Junho de 1834 é desocupado pela expropriação dos bens das ordens religiosas, passando a 13 de Maio de 1842 a servir de campo santo, instalando-se aí o cemitério: "A 13 Maio 1842 veio à camara a adm. militar para que dissesse se recebia ou não a igreja, tapada e jardim do exº convento para a formação do cemitério, como lhe foi concedido. Resposta que sim".

Desde essa data até aos dias presentes continuo com essa ocupação e caindo em continuo abandono até que em 2005 sofre importante obras de beneficiação para aí se instalar o Arquivo Histórico Municipal

IGREJA N. Srª. DAS DORES.


Foi reedificada no último quartel do sec. XVIII, no local onde existia a Capela de Santa Maria Madalena. A fachada apresenta portal de verga curva encimado por janelão com frontão simples guarnecido com decorações em alvenaria ao gosto oitocentista. Tem duas torres sineiras abertas, com dois coruchéus cada uma e remates recortados com galos em ferro forjado. Completam a frontaria dos silhares de azulejos oitocentistas de albarradas laterais à porta.

O interior está profundamente decorado por trabalhos em alvenaria, alternando os motivos religiosos e profanos. A capela mor e os 4 altares laterais estão pintados com imitações de mármore. Todos estes trabalhos pertencem ao artista elvense Luis José Franco, o "Santinho".

Saía deste templo a popular Procissão da Mulinha até à sua extinção no final do século XX, continuando a ser este também o ponto de partida para a Procissão dos Pendões a 20 de Setembro dando inicio à Romaria do Senhor Jesus da Piedade.

IGREJA N. Srª. NAZARÉ.


Planta centralizante, composta por nave de planta circular, capela-mor e sacristia rectangulares e sala de arrumos. Volumes articulados, massas dispostas na horizontal com cobertura em cúpula e terraço e em telhado de uma água sobre o corpo lateral. Fachada principal a SE. com três panos divididos por pilastras lisas que partem do embasamento pintado de amarelo e terminam no remate; pano central com portal, fechado por grade de ferro, em arco de volta perfeita de mármore aparelhado decorado por colunelo que se prolonga em arquivolta, moldura pintada de amarelo e rematada por cornija; óculo oval sobre o portal enquadrado por moldura contracurvada encimada por volutas e motivos vegetalistas; remate com arquitrave, friso e cornija; platibanda encobrindo a cobertura com sineira ao centro, sobreelevada e com cruz no topo, duas pilastras lisas de cada lado encimadas por vasos. Pano da esquerda liso rematado por arquitrave, friso e cornija, pano da direita com porta em arco de volta perfeita com aparelho de mármore decorado por colunelo que continua em arquivolta. Fachada lateral NE. com corpo quadrangular adossado sobre o corpo circular central com embasamento, cunhais e remate pintados de amarelo e dois registos divididos por friso, o térreo liso, o superior com duas janelas. Fachada lateral SO. ondulada, com embasamento pintado de amarelo e três panos divididos pela articulação dos volumes: pano da esquerda, liso; pano central com uma janelas gradeado e pano da direita, liso; remate com cornija e platibanda. Fachada NO. com cunhal direito e embasamento pintados de amarelo e postigo com moldura pétrea; remate com cornija e platibanda.


INTERIOR: nave de planta circular coberta por cúpula decorada por quatro molduras de gesso; pavimento em xadrez com mármore preto e branco; porta de entrada em arco de volta perfeita sobrepujada por óculo oval de iluminação; parede rematada por sanca à altura do arranque da cobertura; banco corrido e silhar forrados de alcatifa azul; de cada lado pia de água benta em mármore, decorada com motivos concheados; do lado da Epístola porta em arco de volta perfeita de mármore entaipado pelo mesmo material. Arco triunfal de volta perfeita em alvenaria com fecho decorado a dourado assente sobre pilastras lisas com capitéis decorados com folhas de acanto douradas. Capela-mor rectangular coberta por abóbada de berço decorada com moldura branca sobre fundo castanho e medalhão com símbolos da Paixão de Cristo. Parede da Epístola com silhar forrado de alcatifa azul, porta para sacristia, varandim com balaustrada de madeira e sanca à altura do arranque da cobertura. Parede do Evangelho semelhante à do lado oposto mas com janelão rematado por cornija; pavimento de alcatifa azul. Retábulo-mor de alvenaria enquadrado por pilastras oblíquas marmoreadas; grande camarim, definido por moldura verde decorada com ramagens douradas, ocupado por cruz de madeira de grandes dimensões e pequeno Cristo. Sacristia de planta rectangular coberta por abóbada de arestas, que terminam em esferas nos cantos, assente sobre sanca saliente envolvente; pavimento de cimento. Parede SE. com porta para a rua, lavabo de mármore encaixado na parede, rematado por duas volutas e uma cruz de alvenaria; óculo oval de iluminação junto à cobertura; parede NE. cega; parede NO. com porta para sala de arrumos, parede SO. com porta para a capela-mor;. Sala de arrumos de planta rectangular coberta por abóbada de berço e pavimento de madeira; na parede SE. porta para sacristia e armário de parede; parede NE. cega; parede NO. com janela para a rua; parede SE. porta para o varandim, vão de acesso à cobertura e às escadas que conduzem ao piso superior da sala: este tem cobertura plana com arco de volta perfeita a meio.

SÉ DE ELVAS.


A Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Elvas (antiga Sé) é um dos monumentos mais emblemáticos desta cidade alentejana, com um passado histórico bastante diversificado.

O edifício da antiga Sé de Elvas foi classificado de Monumento Nacional por decreto de 16 de Junho de 1910.

Embora não existam referências documentais que o comprovem, pensa-se que a Igreja de Nossa Senhora de Assunção tenha sido erigida em 1517. As Memórias Paroquiais dão conta que em 1515 o rei D. Manuel, verificando o estado de ruína em que o templo se encontrava, terá ordenado a sua reconstrução. A nova igreja viria a abrir ao culto em 1537, ainda com obras em curso. Por esta data a capela-mor estaria já concluída, permitindo assim que se realizassem os ofícios litúrgicos.

Através da consulta das visitações realizadas a esta igreja, Artur Goulart refere que em 1541 o visitador ordenara que se procedesse ao lajeamento do edifício, uma vez que o pó e a lama afastavam os fregueses. Esta obra prolongou-se até 1548, quando também se concluiu a sacristia.

Elvas foi elevada a cidade no ano de 1513, tendo o Bispado sido criado em 1570, quando a Igreja de Nossa Senhora da Assunção foi convertida em Sé (tendo assim permanecido até 1881, quando esta diocese foi extinta) o que, de acordo com a opinião de alguns historiadores, se terá também ficado a dever às características arquitectónicas do próprio edifício.

Parece, no entanto, bastante seguro que no mesmo local tenha existido outro templo mais antigo com a evocação de Nossa Senhora do Açougue e, posteriormente, de Nossa Senhora da Praça.

O edifício da Sé ergue-se no topo de uma ampla praça destacando-se do tecido urbano, onde a partir de 1538 também se começou a construir o edifício da Câmara Municipal.

Esta igreja sofreu modificações e ampliações diversas após a conversão em Sé, sendo de assinalar a substituição da capela-mor por outra de maiores dimensões. José Custódio Vieira da Silva refere que esta obra, bem como a reforma do coro e a construção da sacristia e da casa do Cabido, se ficou a dever à acção do bispo D. António Matos de Noronha, já em finais do século XVI.

A fachada da Igreja de Nossa Senhora da Assunção define-se sobretudo pela sua torre sineira axial, emprestando ao monumento um certo ar de fortaleza. Ao nível do primeiro registo encontra-se um amplo nártex. Na pedra de fecho do amplo arco de volta perfeita que antecede este recinto encontra-se uma inscrição em caracteres góticos.

Segue-se um segundo patamar composto por uma varanda e por dois janelões, obra datada de 1637 e que serviria para os cónegos assistirem a cerimónias litúrgicas que se desenrolariam na praça. Os janelões com frontões interrompidos ladeiam uma rosácea, apresentando a toda a volta uma decoração composta por grandes florões em pedra, hoje bastante degradados.

No último nível registam-se os sinos, num total de sete, acomodados entre arcos de volta perfeita. Artur Goulart refere que em alguns ainda é possível ver-se a respectiva datação: o mais antigo data de 1548, outro da data de inauguração da capela-mor (1749) e outros dois são datados de 1769.

Sobre os sinos encontra-se a cúpula piramidal que, de acordo com a opinião de Luís Keil, será já posterior ao século XVI, bem como os coruchéus. Ladeando a torre encontra-se, à esquerda, o baptistério e, do lado direito, a capela de Santo Amaro, de planta poligonal e coruchéus onde ainda podemos apreciar vestígios de uma decoração em esgrafitos de inspiração renascentista.

Ao nível exterior todo o templo apresenta superiormente uma decoração de ameias chanfradas, reforçando, assim, o carácter de fortificação que o edifício apresenta.

O monumento sofreu transformações diversas ao longo do tempo, nomeadamente no século XVII, durante os episcopados de D. António (1630), D. Sebastião de Noronha (1630) e D. Manuel da Cunha (1657). Já no século XVIII destacam-se intervenções várias realizadas entre 1729-1783, com destaque para as realizadas pelo cabido “sede vacante” e pelos bispos D. Baltazar Vilas-Boas e D. Lourenço de Lencastre.

O ano de 1609 viu iniciarem-se os alicerces de uma nova sacristia e da sala do cabido, enquanto ao mesmo tempo se realizavam obras na capela do Santíssimo Sacramento. As obras prosseguiram após a morte do bispo, no ano seguinte, e durante o episcopado dos dois bispos que lhe sucederam: D. Rui Pires da Veiga e D. Frei Lourenço de Távora.

Porém, seria já com D. Sebastião de Matos de Noronha que as campanhas de decoração da Sé ganhariam novo fôlego, destacando-se no plano eclesisático por medidas importantes, como a convocação do sínodo de 1633 e a publicação das Constituições diocesanas. Datam do seu governo os azulejos que revestem os silhares da igreja e sacristia (1627) e o programa de brutescos que decora as abóbadas da nave central e das laterais.

No que diz respeito à Igreja de Nossa Senhora da Assunção o seu interior tipicamente medieval, com o escalonamento das três naves, foi sendo alterado por sucessivas campanhas decorativas. Uma das que causou maior impacto terá sido o revestimento das abóbadas com pintura de brutesco, já no século XVII, apresentando tons monocromáticos (dourados) contra um fundo branco, com grande impacto visual. Hoje os brutescos estão totalmente picados devido à aplicação posterior de outro reboco.

Predomina a temática vegetalista, embora se encontrem pequenos anjos, máscaras, ramos terminando em mascarões, querubins, ferroneries, figuras humanas e figuras femininas híbridas, meio humanas e meio vegetalistas.

SANTUÁRIO DA PIEDADE.


A devoção ao Senhor Jesus da Piedade nasceu num dia de verão de 1736, quando o Padre Manuel Antunes, pároco em Elvas, transitava na zona do Sitio da Saúde, onde anos antes morrera o lavrador da Torre das Arcas, tendo por isso ali sido instalado um cruzeiro. Nestas proximidades o padre caí duas vezes consecutivas da sua montada, e tendo ficado algo abalado recorreu à dita cruz para fazer as suas preces, tendo prometido que ali rezaria uma missa votiva fazendo pintar a imagem de Cristo na cruz se não mais caisse da sua mula. Assim aconteceu e no dia 6 de Janeiro de 1737 é ali recolocada a cruz agora com a imagem de Cristo pintada e celebrada a missa com grande assistência de população, começando aí as romagens ao local e invocando a cruz como o Senhor Jesus da Piedade. Tal foi a popularidade que a 16 de Fevereiro do mesmo ano se começou a construção de uma ermida que em pouco tempo se mostrou pequena, levando a que em 1753 se construí-se novo templo, o actual, envolvendo a antiga ermida onde se continua a venerar a Cruz original.
Este Santuário é uma construção barroca neoclássica onde no exterior ressaltam as duas torres laterais em ângulo entre outros aspectos que fazem desta construção um dos mais significativos exemplos das experiências barrocas do reinado de D. João V.
O adro que lhe fica fronteiro, com a sua escadaria, corrobora esta ideia, uma vez que estes terreiros, de alguma amplitude, tinham como principal função receber os crentes, substituindo assim os longos escadórios dos santuários do Norte do país. Nos muros, o revestimento azulejar polícromo data já da segunda metade do final do século XVIII.
A igreja desenvolve-se em planta longitudinal, de nave única. A fachada é marcada por torres, coroadas por cúpulas bolbosas, implantadas obliquamente em relação ao alçado, formando um losango, o que constitui uma solução quase única no nosso país . Estas, formando com o corpo central uma espécie de contracurva ou harmónio, têm o poder de conferir à fachada uma forte unidade.
No interior, a nave é revestida por mármores de diferentes tonalidades. Tem dois altares laterais, de mármores policromos, com telas pintadas por Cyrillo Wolkmar Machado, representando Nossa Senhora da Graça e o Arrependimento de S. Pedro. Dois púlpitos também de mármore, exibem motivos dourados, e o coro assenta em arco abatido. A ligação entre o corpo da nave a capela-mor é feita através de um corpo com os cantos cortados, que forma um octógono, numa solução também original. Na capela-mor, o retábulo foi executado no mesmo material que os restantes altares, encontrando-se, no pavimento, uma lápide sepulcral onde se refere que Roperto Manoel Marques e Vas.os, cavaleiro de sua majestade e padroeiro da igreja, mandou fazer da capela-mor jazigo para si e seus descendentes, no ano de 1779.
Segundo os últimos estudos esta igreja deve-se ao traço de José Francisco de Abreu.
Nas suas proximidade, e para assistência aos peregrinos, foi construído um grande chafariz (1864) com três grandes paineis azulejares figurativos separados por pilatras, sendo mais tarde o construído o restante Parque.